segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cultura e Diversidade

Estou com uma turminha de Sociologia do 1º Ano, então, segue uma atividade baseada no Currículo Mínimo do 2º bimestre:

ATIVIDADE

Leia o trecho da reportagem abaixo sobre o pastel de carne de cachorro, e responda às questões 1 e 2:
Uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT) descobriu uma lanchonete em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, que vendia pastéis e outros salgados recheados com carne de cachorro. Os animais eram mortos nos fundos do estabelecimento a pauladas, desmembrados e congelados para uso posterior.
O dono da lanchonete, um chinês, já está preso e cumprindo pena no Complexo do Gericinó. Em um primeiro momento, ele chegou a dizer que não sabia que o abate de cachorros era proibido no Brasil. Depois, confessou que tinha ciência de que era um crime. A investigação do MPT teve início em 2013, quando a lanchonete foi descoberta, mas só agora as informações foram divulgadas à imprensa. Ele disse também que recolhia os animais nas ruas da Zona Norte.
Para tentar justificar a prática de colocar carne de cachorro nos salgados comercializados em sua lanchonete, o chinês alegou que a prática é muito comum em lanchonetes que pertencem à chineses em toda a capital fluminense. [...]

1. Aponte a mudança cultural presente no caso do pastel chinês de carne de cachorro.

2. Dê um exemplo de uma transformação na sociedade brasileira que poderia acontecer decorrente da revelação de que carnes de cachorros são utilizadas pelos chineses daqui para fazer salgados?

Discurso Filosófico

Atualmente estou ensinando Filosofia para o 1º Ano, assim, montei um pequeno texto introdutório, utilizando dois livros:

ARANHAMaria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando - Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.

CHAUÍMarilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo – SP: Editora Ática, 2014.

Discurso Filosófico

As contradições e limitações do mito para explicara realidade natural e humana levaram a filosofia a retomá-los, porém reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as numa explicação inteiramente nova e diferente.

O que perguntavam os primeiros filósofos?

# Por que os seres nascem e morrem?

# Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força?

# Por que as coisas se tornam opostas ao que eram?

# De onde vêm os seres?

O nascimento da Filosofia

Os historiadores da filosofia dizem que ela tem data e local de nascimento: fim do século VII a.C. e início do século VI a.C., na cidade de Mileto, uma das colônias gregas da Ásia Menor (atual Turquia). E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.

Arckhé – o príncipio de todas as coisas

Buscar a arkhé é explicar qual é o elemento constitutivo de todas as coisas. Veja como alguns filósofos pré-socráticos respondiam:

# Tales de Mileto (624 - 548 a.C.) – astrônomo, matemático e primeiro filósofo, para ele a arckhé é a água;

# Pitágoras (570 - 497 a.C.) – filósofo e matemático, o número é a essência de tudo, todo os cosmos é harmonia porque é ordenado pelos números;

# Anaxímenes (588 - 524 a.C.) – é o ar que pela rarefação e condensação faz nascer e transformar todas as coisas;

# Parmênides de Eleia (544 – 450 a.C.) e Heráclito de Éfeso (535-475 a.C.) desenvolveram teorias que entraram em conflito e instigaram os filósofos do período Clássico. Enquanto para Parmênides o ser real é imóvel, imutável e o movimento é uma ilusão, para Heráclito tudo flui e tudo o que é fixo é ilusão: “não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”.

Diferenças entre mito e filosofia

1. O mito pretendia narrar como as coisas eram no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como no presente. A filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro, as coisas são como são.

2. O mito narrava a origem por meio de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personificadas. A filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos naturais primordiais (água ou úmido, fogo ou quente, ar ou frio, terra ou seco), por meio de causas naturais e impessoais (pela combinação, composição e separação entre os quatro elementos primordiais).

3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses são traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosas do narrador. A filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional.