quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tendências Pedagógicas III

As tendências pedagógicas e os movimentos sócio-políticos e filosóficos

Amélia Hamze
Profª FEB/CETEC
ISEB/FISO

Em um dado momento histórico, os movimentos sociais e filosóficos são responsáveis pelas tendências pedagógicas. As intenções pedagógicas propiciam a união das práticas didático-pedagógicas, favorecendo o conhecimento, sem “fechar questão”, sem querer ser uma verdade única e irrestrita. Seu conhecimento se torna de especial importância para o professor que deseja construir sua prática educativa.

Naturalmente, o professor deve se apropriar das teorias e tendências pedagógicas ao buscar soluções para os problemas que enfrenta na sua ação docente, e ao refletir sua prática pedagógica , sem, no entanto, estar constantemente vinculado apenas a uma delas. Deve, antes de tudo refletir sobre as características de cada uma, buscando a que melhor convém ao seu desempenho acadêmico, seguindo uma operacionalização atenta que permita avaliar sua competência e habilidade, procurando agir com eficiência e qualidade de atuação. As intenções ou tendências pedagógicas são referências norteadoras da prática educativa, sendo que, os movimentos sócio-políticos e filosóficos exercem intensa influência sobre as tendências pedagógicas. Podemos classificá-las em: Pedagogia Liberal Tradicional, Tendência Liberal Renovadora Progressiva, Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova), Tendência Liberal Tecnicista, Tendência Progressista Libertadora, Tendência progressista Libertária, Tendência Progressista "crítico social dos conteúdos ou "histórico-crítica".

Na Pedagogia Liberal Tradicional, há a preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade. Há a exposição e demonstração verbal da matéria. Na Tendência Liberal Renovadora Progressiva, a escola deve ajustar as necessidades individuais ao meio social. A aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de problemas. A metodologia utilizada é feita através de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. A Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova) enfatiza a formação de atitudes, o método é baseado na facilitação da aprendizagem, onde aprender é modificar as percepções da realidade. O Professor é auxiliar das experiências. Procura desenvolver a inteligência, priorizando o sujeito, considerando-o inserido numa situação social. A Tendência Liberal Tecnicista aparece na segunda metade século XX, no Brasil em 1960-1970. A Escola procura preparar indivíduos competentes para o mercado de trabalho. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 5692/71. Há a introdução da Disciplina Educação Artística.

A Tendência Liberal Tecnicista é modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. Os procedimentos e técnicas preparam para a transmissão e recepção de informações. A aprendizagem é baseada no desempenho (aprender-fazendo). O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino. A Tendência Progressista Libertadora dá ênfase ao não-formal. É crítica, questiona as relações do homem no seu meio, visa levar professores e alunos a atingirem um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida, pensa sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra.

A Tendência Progressista Libertária visa à transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. A metodologia enfoca a livre-expressão, o contexto cultural, a educação estética. Os conteúdos são disponibilizados para o aluno, mas não são exigidos. Resultam das necessidades do grupo. O professor é conselheiro, monitor à disposição do aluno. A Tendência Progressista “crítico social dos conteúdos ou “histórico-crítica”, aparece nos fins dos anos 70.

A
escola é parte integrante do todo social e orienta o aluno para a participação ativa na sociedade. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado. O Professor é autoridade competente que direciona o processo ensino-aprendizagem. É o mediador entre conteúdos e alunos. O ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva.

F
inalmente, os conteúdos de ensino devem ser culturais e universais, constantemente reavaliados de acordo com as realidades sociais; devem ser significativos na razão humana e social. Cabe ao professor a tarefa de escolher conteúdos de ensino adequados às peculiaridades locais e as diferenças individuais.

REFERÊNCIAS: LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. A Pedagogia critico social dos conteúdos; SAVIANI, D.

Extraído:
http://www.educador.brasilescola.com/politica-educacional/as-tendencias-pedagogicas.htm

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Tendências Pedagógicas II

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM


Delcio Barros da Silva

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa tentativa de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.

Sabe-se que a prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica que implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com esses pressupostos teóricos, explícita ou implicitamente.

Embora se reconheçam as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em dois grupos: “liberais” e “progressistas”. No primeiro grupo, estão incluídas a tendência “tradicional”, a “renovada progressivista”, a “renovada não-diretiva” e a “tecnicista”. No segundo, a tendência “libertadora”, a “libertária” e a “crítico-social dos conteúdos”.

Justifica-se, também, este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização das idéias de psicólogos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.

No aspecto teórico-prático, ou seja, nas manifestações na prática escolar das diversas tendências educacionais, será dado ênfase ao ensino da Língua Portuguesa, considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses períodos do pensamento pedagógico brasileiro.


2. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS

Segundo LIBÂNEO (1990), a pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

2.1. TENDÊNCIA LIBERAL TRADICIONAL

Segundo esse quadro teórico, a tendência liberal tradicional se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral. De acordo com essa escola tradicional, o aluno é educado para atingir sua plena realização através de seu próprio esforço. Sendo assim, as diferenças de classe social não são consideradas e toda a prática escolar não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno.

Quanto aos pressupostos de aprendizagem, a idéia de que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para o espírito da criança é acompanhada de outra: a de que a capacidade de assimilação da criança é idêntica à do adulto, sem levar em conta as características próprias de cada idade. A criança é vista, assim, como um adulto em miniatura, apenas menos desenvolvida.

No ensino da língua portuguesa, parte-se da concepção que considera a linguagem como expressão do pensamento. Os seguidores dessa corrente lingüística, em razão disso, preocupam-se com a organização lógica do pensamento, o que presume a necessidade de regras do bem falar e do bem escrever. Segundo essa concepção de linguagem, a Gramática Tradicional ou Normativa se constitui no núcleo dessa visão do ensino da língua, pois vê nessa gramática uma perspectiva de normatização lingüística, tomando como modelo de norma culta as obras dos nossos grandes escritores clássicos. Portanto, saber gramática, teoria gramatical, é a garantia de se chegar ao domínio da língua oral ou escrita.

Assim, predomina, nessa tendência tradicional, o ensino da gramática pela gramática, com ênfase nos exercícios repetitivos e de recapitulação da matéria, exigindo uma atitude receptiva e mecânica do aluno. Os conteúdos são organizados pelo professor, numa seqüência lógica, e a avaliação é realizada através de provas escritas e exercícios de casa.

2.2. TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA

Segundo essa perspectiva teórica de Libâneo, a tendência liberal renovada (ou pragmatista) acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais.

A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida. Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica estava centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a idéia de “aprender fazendo”, portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc, levando em conta os interesses do aluno.

Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador. Só é retido aquilo que se incorpora à atividade do aluno, através da descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situações. É a tomada de consciência, segundo Piaget.

No ensino da língua, essas idéias escolanovistas não trouxeram maiores conseqüências, pois esbarraram na prática da tendência liberal tradicional.

2.3. TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA

Acentua-se, nessa tendência, o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo o esforço deve visar a uma mudança dentro do indivíduo, ou seja, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.

Aprender é modificar suas próprias percepções. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. A retenção se dá pela relevância do aprendido em relação ao “eu”, o que torna a avaliação escolar sem sentido, privilegiando-se a auto-avaliação. Trata-se de um ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador. No ensino da língua, tal como ocorreu com a corrente pragmatista, as idéias da escola renovada não-diretiva, embora muito difundidas, encontraram, também, uma barreira na prática da tendência liberal tradicional.

2.4. TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA

A escola liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental. Seu interesse principal é, portanto, produzir indivíduos “competentes” para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças sociais.

Conforme MATUI (1988), a escola tecnicista, baseada na teoria de aprendizagem S-R, vê o aluno como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista. Segundo RICHTER (2000), a visão behaviorista acredita que adquirimos uma língua por meio de imitação e formação de hábitos, por isso a ênfase na repetição, nos drills, na instrução programada, para que o aluno for me “hábitos” do uso correto da linguagem.

A partir da Reforma do Ensino, com a Lei 5.692/71, que implantou a escola tecnicista no Brasil, preponderaram as influências do estruturalismo lingüístico e a concepção de linguagem como instrumento de comunicação. A língua – como diz TRAVAGLIA (1998) – é vista como um código, ou seja, um conjunto de signos que se combinam segundo regras e que é capaz de transmitir uma mensagem, informações de um emissor a um receptor. Portanto, para os estruturalistas, saber a língua é, sobretudo, dominar o código.

No ensino da Língua Portuguesa, segundo essa concepção de linguagem, o trabalho com as estruturas lingüísticas, separadas do homem no seu contexto social, é visto como possibilidade de desenvolver a expressão oral e escrita. A tendência tecnicista é, de certa forma, uma modernização da escola tradicional e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo, não conseguiu superar os equívocos apresentados pelo ensino da língua centrado na gramática normativa. Em parte, esses problemas ocorreram devido às dificuldades de o professor assimilar as novas teorias sobre o ensino da língua materna.


3. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS

Segundo Libâneo, a pedagogia progressista designa as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.

3.1. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA

As tendências progressistas libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o antiautoritarismo. A escola libertadora, também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Segundo GADOTTI (1988), Paulo Freire não considera o papel informativo, o ato de conhecimento na relação educativa, mas insiste que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se elabora uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros.

Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de classes, o saber mais importante para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido, a condição para se libertar da exploração política e econômica, através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização de classe. Por isso, a pedagogia libertadora ultrapassa os limites da pedagogia, situando-se também no campo da economia, da política e das ciências sociais, conforme Gadotti.

Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora deve decorrer da codificação de uma situação-problema que será analisada criticamente, envolvendo o exercício da abstração, pelo qual se procura alcançar, por meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos fatos. Assim, como afirma Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.

No ensino da Leitura, Paulo Freire, numa entrevista, sintetiza sua idéia de dialogismo: “Eu vou ao texto carinhosamente. De modo geral, simbolicamente, eu puxo uma cadeira e convido o autor, não importa qual, a travar um diálogo comigo”.

3.2. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA

A escola progressista libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. A ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura.

3.3. TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS

Conforme Libâneo, a tendência progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.

Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.


4. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PÓS-LDB 9.394/96

Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de n.º 9.394/96, revalorizam-se as idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon. Um dos pontos em comum entre esses psicólogos é o fato de serem interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e um objeto. De acordo com ARANHA (1998), o conhecimento não está, então, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como diziam os empiristas, mas resulta da interação entre ambos.

Para citar um exemplo no ensino da língua, segundo essa perspectiva interacionista, a leitura como processo permite a possibilidade de negociação de sentidos em sala de aula. O processo de leitura, portanto, não é centrado no texto, ascendente, bottom-up, como queriam os empiristas, nem no receptor, descendente, top-down, segundo os inatistas, mas ascendente/descendente, ou seja, a partir de uma negociação de sentido entre enunciador e receptor. Assim, nessa abordagem interacionista, o receptor é retirado da sua condição de mero objeto do sentido do texto, de alguém que estava ali para decifrá-lo, decodificá-lo, como ocorria, tradicionalmente, no ensino da leitura.

As idéias desses psicólogos interacionistas vêm ao encontro da concepção que considera a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo e das modernas teorias sobre os estudos do texto, como a Lingüística Textual, a Análise do Discurso, a Semântica Argumentativa e a Pragmática, entre outros.


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com esse quadro teórico de José Carlos Libâneo, deduz-se que as tendências pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras, nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade, embora, na prática, procurassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista. No ensino da língua, predominaram os métodos de base ora empirista, ora inatista, com ensino da gramática tradicional, ou sob algumas as influências teóricas do estruturalismo e do gerativismo, a partir da Lei 5.692/71, da Reforma do Ensino.

Já as tendências pedagógicas progressistas, em oposição às liberais, têm em comum a análise crítica do sistema capitalista. De base empirista (Paulo Freire se proclamava um deles) e marxista (com as idéias de Gramsci), essas tendências, no ensino da língua, valorizam o texto produzido pelo aluno, a partir do seu conhecimento de mundo, assim como a possibilidade de negociação de sentido na leitura.

A partir da LDB 9.394/96, principalmente com as difusão das idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon, numa perspectiva sócio-histórica, essas teorias buscam uma aproximação com modernas correntes do ensino da língua que consideram a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo, ou seja, como processo de interação verbal, que constitui a sua realidade fundamental.


BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo : Editora Moderna, 1998.

COSTA, Marisa Vorraber et al. O Currículo nos Limiares do Contemporâneo. Rio de Janeiro : DP&A editora, 1999.

GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo : Ática, 1988.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990.

MATUI, Jiron. Construtivismo. São Paulo : Editora Moderna, 1998.

RICHTER, Marcos Gustavo. Ensino do Português e Interatividade. Santa Maria : Editora da UFSM, 2000.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. São Paulo : Cortez, 1998.

Extraído: http://www.ufsm.br/lec/01_00/DelcioL&C3.htm

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Tendências Pedagógicas I

Quadro síntese das tendências pedagógicas

Quadro bom para se atualizar para concursos públicos. Agora não tem mais desculpa pra não estudar!!!!

Nome da Tendência Pedagógica

1. Pedagogia Liberal Tradicional.
2. Tendência Liberal Renovadora Progressiva.
3. Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova)
4. Tendência Liberal Tecnicista.
5. Tendência Progressista Libertadora
6. Tendência Progressista Libertária.
7. Tendência Progressista "crítico social dos conteúdos ou "histórico-crítica"

Papel da Escola

1. Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade.
2. A escola deve adequar as necessidades individuais ao meio social.
3. Formação de atitudes.
4. É modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas.
5. Não atua em escolas, porém visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social.
6. Transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário.
7. Difusão dos conteúdos.

Conteúdos

1. São conhecimento e valores sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas.
2. Os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos alunos frente às situações problemas.
3. Baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos.
4. São informações ordenadas numa seqüência lógica e psicológica.
5. Temas geradores.
6. As matérias são colocadas mas não exigidas.
7. Conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade social.

Métodos

1. Exposição e demonstração verbel da matéria e / ou por meios de modelos.
2. Por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas.
3. Método baseado na facilitação da aprendizagem.
4. Procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações.
5. Grupos de discussão.
6. Vivência grupal na forma de auto-gestão.
7. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado.

Professor x aluno

1. Autoridade do professor que exige atitude receptiva do aluno.
2. O professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança.
3. Educação centralizada no aluno e o professor é quem garantirá um relacionamento de respeito.
4. Relação objetiva onde o professor transmite informações e o aluno vai fixá-las.
5. A relação é de igual para igual, horizontalmente.
6. É não diretiva, o professor é orientador e os alunos livres.
7. Papel do aluno como participador e do professor como mediador entre o saber e o aluno.

Aprendizagem

1. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade.
2. É baseada na motivação e na estimulação de problemas.
3. Aprender é modificar as percepções da realidade.
4. Aprendizagem baseada no desempenho.
5. Resolução da situação problema.
6. Aprendiagem informal, via grupo.
7. Baseadas nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos.

Manifestações

1. Nas escolas que adotam filosofias humanistas clássicas ou científicas.
2. Montessori Decroly, Dewey , Piaget, Lauro de Oliveira Lima
3. Carl Rogers, "Sumermerhill" escola de A. Neill.
4. Leis 5.540/68 e 5.692/71.
5. Paulo Freire.
6. C. Freinet, Miguel Gonzales, Arroyo.
7. Makarenko, B. Charlot, Suchodoski, Manacorda, G. Snyders, Demerval Saviani.


Fonte: http://members.tripod.com/pedagogia/quadro_tendencias.htm

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Absolutismo

ABSOLUTISMO - RESUMO - ESQUEMA

Características do Absolutismo
(vigorou na Europa entre os séculos XV e XVIII)

• reis com poderes totais - comandava a justiça, economia e sociedade
• absoluto = sem limites
• reis determinavam a religião do povo e perseguiam os de religião contrária
• Luis XIV (maior representante do absolutismo) : “O Estado sou eu” (rei da França entre 1643 e 1715)
Outras características do Absolutismo
• transmissão hereditária de poder
•uso da violência e injustiças para governar
• altos gastos para manter o luxo e as festas da corte

Pensadores que defenderam o Absolutismo

Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do homem”. Escreveu Leviatã, onde afirmar que o rei era importante para controlar o instinto animal do homem. Caso não houvesse um rei forte a sociedade corria risco de extinção.
Jacques Bossuet: o rei é representante de Deus na Terra e, por isso, deveria ser respeitado em todas as decisões

O Mercantilismo ( sistema econômico da época do Absolutismo)

• interferência dos reis na economia
• valorização do comércio
• o Metalismo ( quanto mais ouro tivesse um país, mais rico ele seria e o rei mais poderoso)
• a Balança Comercial favorável (exportar mais do que importar)
• Protecionismo alfandegário (criação de impostos e taxas para barrar a entrada de produtos estrangeiros)
• Exploração das colônias ( exemplo: Brasil foi explorado por Portugal neste contexto)

A Monarquia Inglesa

Dinastia Tudor:Elisabeth I e Henrique VIII viveram pacificamente com o Parlamento
Dinastia Stuart : Jaime I perseguiu os protestantes calvinistas.
Governou de forma severa e rígida.

Fonte:
http://www.tg3.com.br/absolutismo/absolutismo_mercantilismo.htm




Feudalismo

Feudalismo – Resumo


1. O conceito de feudalismo

Conceito: o feudalismo é um modo de organização da vida social que marcou a história da Europa durante grande parte da Idade Média.

Elementos básicos: poder político descentralizado, sociedade rigidamente estabelecida em estamentos, produção de bens destinada ao consumo das pessoas que moravam nos feudos (agricultura de subsistência).


2. O poder político

Governo descentralizado: durante o feudalismo, os reinos europeus não estavam unidos por um poder forte e centralizado. Os senhores feudais eram a autoridade absoluta em seus feudos.

Unidade entre o senhor feudal e o servo: a unidade era obtida pelos laços de fidelidade de suserania e vassalagem. Suserano é o senhor que concede feudos a seus protegidos. Vassalo é a pessoa que recebe o feudo e dedica ao senhor fidelidade.


3. Os estamentos feudais

Imobilidade social: na sociedade feudal, a mobilidade social praticamente não existe. As pessoas permaneciam a vida toda na mesma posição social, ou estamento.

Principais estamentos:
a) Rei: o mais nobre dos nobres;
b) Clero: membros da Igreja católica que tinham grande influência política e ideológica e Nobreza: proprietários de terra que se dedicavam às atividades militares;
c) servos: maioria da população camponesa que realizava todos os trabalhos necessários à existência material da sociedade.

Educação do cavaleiro: a cavalaria era uma das principais instituições militares da nobreza. Os cavaleiros eram educados para obedecer ao suserano , honrar os parceiros da cavalaria e ser corteses com as damas. O aspecto físico era especialmente cultivado, enquanto o lado intelectual era deixado de lado.


4. As obrigações servis

Regime de trabalho: o principal regime de trabalho no feudalismo foi a relação servil de produção. O servo tinha várias obrigações e compromissos:
a) corvéia: obrigação de trabalhar gratuitamente alguns dias da semana nas terras exclusivas do senhor;
b) retribuições: obrigações servis, pagas em dinheiro ou bens, tais como capitação (imposto pago por cabeça), talha (tributo pago pelos vassalos para o custeio da defesa do feudo) e banalidades (utilização, livre ou forçada, pelos vassalos de coisas pertencentes ao senhor feudal, mediante pagamento);
c) prestações: obrigação de hospedar o senhor quando este estivesse em viagem por suas terras.


5. A economia feudal

Unidade produtora: o feudo era uma das principais unidades produtoras da economia feudal. Cada feudo era auto-suficiente.

Atividades econômicas: predominavam nos feudos a agricultura e criação de animais.

Divisão das terras feudais:
a) terras comunais: terras de uso comunais quais recolhiam madeira e levavam os animais para pastarem;
b) reserva senhorial: terras pertencentes ao senhor feudal, para seu uso exclusivo;
c) manso servil ou tenência: terras utilizadas pelos servos para seu próprio sustento e para cumprir as obrigações feudais.


Fonte: COTRIM, G. História e Consciência do Mundo 1. São Paulo: Ed. Saraiva, 1996. Pág. 149



sábado, 23 de maio de 2009

Peça Teatral - Maria Stuart

CCBB apresenta MARIA STUART de Friedrich Schiller


Na peça, que estréia em março no CCBB do Rio, Julia Lemmertz e Clarice Niskier dão vida às rainhas Mary Stuart e Elizabeth, sob direção de Antonio Gilberto
Estréia: 06 de março (6ª f), às 19h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Primeiro de Março, 66, Centro Tel: 21 3808.2020
Horários: 4ª a domingo, às 19h
Ingressos: R$10,00 e R$5,00 (meia entrada)
Capacidade do teatro: 172 espectadores / acesso para portadores de necessidades especiais
Classificação etária: 12 anos
Duração: 2h50 (com intervalo de 15 min)

Temporada: até 17 de maio [Correção do Blog: até 22/05/2009]

A partir de 06 de março, estréia no Rio a mais nova montagem do clássico de Schiller “Maria Stuart”, com Julia Lemmertz no papel-título e Clarice Niskier como a Rainha Elizabeth, sob a direção de Antonio Gilberto, idealizador do projeto ao lado das duas atrizes. A tradução utilizada é a de Manuel Bandeira, e completam o elenco Mário Borges, André Correa, Henri Pagnoncelli, Clemente Viscaino, Amélia Bittencourt, Pedro Osório, Renato Linhares, Maurício Souza Lima, Silvio Kaviski, Thiago Hausen, Maurício Silveira, Guilherme Bernardy e Ednei Giovenazzi em participação especial. O patrocínio é do CCBB.
A peça fala do histórico conflito entre as rainhas, primas e rivais Elizabeth, da Inglaterra, e Mary Stuart, da Escócia. A motivação do diretor Antonio Gilberto para trazer ao o público brasileiro deste início de século XXI a tragédia de Schiller escrita em 1800 é sua atualidade: “Por falar de sentimentos e conflitos tão comuns a nós seres humanos, essa obra de Schiller é um clássico. Por ser um clássico será sempre oportuna e interessante uma nova montagem de “MARIA STUART”, afirma o diretor. A encenação de Antonio Gilberto concentra seu foco na relação humana dessas duas rainhas e dos personagens que giram em torno das mesmas. A montagem não pretende julgar essa “luta” entre essas duas mulheres, mas sim apresentar os conflitos que fizeram parte da relação das duas e que culminaram com a morte de Mary Stuart.

SINOPSE

Construído a partir da história real destas rainhas, o texto de Schiller promove o – jamais ocorrido de fato - encontro entre as duas. Elas governam a mesma ilha, personificando caráter e idéias de feminilidade opostos, e representando monarquias estabelecidas por poderes considerados divinos. Maria Stuart (Julia Lemmertz), rainha católica de Escócia, e Elizabeth (Clarice Niskier), rainha protestante de Inglaterra, são protagonistas de um drama que envolve sexo, poder, ambição, intriga política e uma rivalidade só resolvida com a morte. Como rainhas regentes, enfrentaram o preconceito de um mundo dominado pelos homens, foram deploradas por sua feminilidade, comparadas uma à outra e cortejadas pelo mesmo homem. Em toda sua vida, Elizabeth, revestiu-se de coragem para provar ao mundo que tinha coração e a mente de um homem, tão consciente era da convencional inferioridade de ser apenas uma mulher. Mesmo agindo assim, tendo na sua masculinidade a sua força, possuía todas as paixões de uma mulher e as expressava através da manifestação de seu amor pelos seus favoritos e pela ternura por seu povo. Já Maria era vista como imprudente, emocional e suscetível a colapsos nervosos. De temperamentos diferentes, essas rainhas se igualavam no vigor de suas ambições.

A
MONTAGEM

A encenação do texto de Schiller receberá um tratamento atemporal no que se refere a cenografia e aos figurinos, já que o diretor Antonio Gilberto pretende destacar as relações entre os personagens envolvidos e sua atualidade - apesar da história se passar no século XVI, a montagem busca a identificação do público com a situação apresentada e com os temas ainda muito atuais desenvolvidos pelo autor.

FICHA TÉCNICA

Texto: FRIEDRICH SCHILLER
Tradução: MANUEL BANDEIRA
Direção: ANTONIO GILBERTO
Elenco:
Julia Lemmertz - MARIA STUART, rainha de Escócia, prisioneira em Inglaterra
Clarice Niskier - ELIZABETH, rainha de Inglaterra
André Correa - ROBERT DUDLEY, conde de Leicester
Henri Pagnoncelli - GEORGE TALBOT, conde de Shrewsbury
Mário Borges – WILLIAM CECIL, barão de Burleigh, Grande-Tesoureiro
Pedro Osório – WILLIAM DAVISON, secretário de Estado
Clemente Viscaino - AMIAS PAULET, carcereiro de Maria
Renato Linhares – MORTIMER, seu sobrinho
Maurício Souza Lima – CONDE DE L’AUBESPINE, embaixador de França
Thiago Hausen – CONDE DE BELLIÈVRE, enviado extraordinário de França
Silvio Kavinski – OKELLY, amigo de Mortimer
Ednei Giovenazzi (Participação Especial) - MELVIL, mordomo de Maria Stuart
Amélia Bittencourt - ANA KENNEDY, ama de Maria Stuart
Maurício Silviera - Guarda I
Guilherme Bernardy - Guarda II

Direção de Arte e Cenografia: HELIO EICHBAUER
Figurinos: MARCELO PIES
Criação das Jóias: ANTONIO BERNARDO
Iluminação: TOMÁS RIBAS DE FARIA
Trilha Sonora: MARCOS RIBAS DE FARIA
Preparação Vocal: ROSE GONÇALVES
Técnica de Alexander: VALÉRIA CAMPOS
Fotos: NANA MORAES E RUBENS CERQUEIRA
Programação Visual: MAURÍCIO GRECCO
Direção de Produção: CELSO LEMOS
Divulgação: JOÃO PONTES E STELLA STEPHANY

SOBRE A PEÇA

Bem conhecida é a evolução de Schiller no seu teatro, passando do drama revolucionário ao drama histórico, ao drama burguês, ao drama ideológico, para afinal, em sua madureza, elevar-se ao drama de grandes conflitos individuais inseridos num fundo histórico, e moralmente exaltado - a purificação interior da consciência que triunfa sobre a fúria cega dos instintos. O drama Maria Stuart é uma das obras-primas desta última fase. A peça foi começada no ano de 1799, quando o autor tinha quarenta anos, e concluída no ano seguinte. O assunto empolgava-o. “À medida que prossigo na execução”, escrevia ele a Goethe, “me persuado, cada dia mais, da qualidade trágica do meu assunto, e quero dizer com isso muito especialmente que se percebe a catástrofe desde as primeiras cenas, e que quanto mais parece a ação refugi-la, mais, ao contrário, se aproxima dela com movimento ininterrupto. Haverá no drama, até à saciedade, aquele terror que Aristóteles reclama, e quanto à piedade, encontrá-la-ão também. A minha Maria não provocará o enternecimento, não está isso em minhas intenções, quero tratá-la do começo ao fim como uma criatura de instintos naturais, e o patético que ela produzirá terá antes as características de uma emoção profunda de natureza geral do que as de uma simpatia pessoal a um individuo. Não desperta em ninguém nada que se pareça com sentimentalismo; o seu destino é sentir por conta própria e desencadear em torno de si paixões violentas. Só a sua ama sente por ela o que se chama ternura”. A primeira encenação de Maria Stuart aconteceu em 14 de junho de 1800, na cidade de Weimar na Alemanha, e foi dirigida pelo próprio Schiller.

Antonio Gilberto / Diretor

Diretor e produtor teatral, realizou sua formação no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na Faculdade de Psicologia na PUC/RS. Iniciou profissionalmente sua carreira no Rio de Janeiro como Assistente de Direção de Domingos Oliveira na Companhia da atriz Dina Sfat. Participou como Assistente de Direção em vários espetáculos como “Irresistível Aventura” (espetáculo que reuniu 4 peças em um ato de Artur Azevedo, Tennessee Williams, García Lorca, e Tchekhov), “Ninguém Paga, Ninguém Paga” (de Dario Fo e Franca Rame), “Cabaret Filosófico” e “A Primeira Valsa” (textos de Domingos Oliveira), “Proibido Amar” (Neil Simon) e “O Homem Que Viu o Disco Voador” (Flávio Márcio). Trabalhou como Diretor de Produção em montagens como “Floresta Amazônica em Sonho de Uma Noite De Verão” (adaptação do texto de Shakespeare e direção de Werner Herzog para ECO-92 na cidade do Rio de Janeiro, “Confissões das Mulheres de 30”(de Domingos Oliveira) e “Vassah” (Maxim Gorki) entre outras. Realizou a produção executiva da excursão nacional de espetáculos como “De Braços Abertos” (Maria Adelaide Amaral), ”Meno Male!” (Juca de Oliveira), “Uma Relação Tão Delicada” (Lolheh Belon), “Desejo” (Eugene O´Neil), “Apareceu A Margarida” (Roberto Athaíde) e “A Dama do Cerrado” (Mauro Rasi). Suas últimas direções foram: “Cabaret Valentin” (esquetes de Karl Valentin), “A Mais Forte” (August Strindberg), “Como se Fosse a Chuva” (três peças em um ato de Tennessee Williams) e o Ciclo de Leituras Dramáticas “Goethe 250 anos” em várias capitais do Brasil, com o apoio do Goethe Institut. Pela direção de “Como Se Fosse A Chuva”, Antonio Gilberto recebeu o Prêmio IBEU (Instituto Brasil Estados Unidos) de “Melhor Diretor de Teatro” em 1997. No ano de 2000 dirigiu a produção da “Caravana Cultural/Teatro” (projeto da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro), no segundo semestre foi responsável pela direção geral da “Roda de Leituras Dramáticas” evento produzido pelo Museu da Imagem e do Som na cidade do Rio de Janeiro, apresentando os textos clássicos do teatro brasileiro. Em 2003 dirigiu, no Centro Cultural Banco do Brasil RJ “Credores”, de August Strindberg, com Alessandra Negrini, Emílio de Mello e Marcos Winter. O espetáculo foi apresentado em algumas cidades do estado do Rio de Janeiro e em São Paulo no Teatro SESC Anchieta, no primeiro semestre de 2004. Em 2006 dirigiu “Werther”, espetáculo criado a partir do livro “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Goethe, que conta a história de um jovem, que vive um amor não correspondido, através das cartas que este escreve a seu melhor amigo. Ainda neste ano idealizou e dirigiu “Um Brinde ao Teatro” com a atriz Eva Wilma, recital que inaugurou no Rio de Janeiro a Caixa Cultural. De 2003 a 2006 ocupou o cargo de Diretor do Centro de Artes Cênicas da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE) do Ministério da Cultura do Brasil. Em 2007 dirigiu e assinou o roteiro, em parceria com o ator José Mauro Brant, do espetáculo “Federico García Lorca – Pequeno Poema Infinito”, que estreou no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro, cumprindo temporada ainda nesta cidade no Teatro Leblon – Sala Fernanda Montenegro e no Centro Cultural da Justiça Federal. O ator José Mauro Brant foi indicado para o Prêmio Shell de “Melhor Ator”. Em 2008 dirigiu o espetáculo CONTANDO MACHADO DE ASSIS, em homenagem ao centenário do autor, completo naquele ano. O espetáculo, um solo de José Mauro Brant, foi apresentado em Lisboa no dia da morte do autor (29 de setembro), além de cumprir temporada no Rio, nos teatros da Caixa Cultural e do Centro Cultural da Justiça Federal.

Plano de Curso - História - 7º Ano do Ensino Fundamental


Precisa de um plano de curso para o 7º Ano?

OBJETIVO GERAL PARA O ENSINO DE HISTÓRIA DO 7º ANO DO E.F.

A disciplina história, ministrada nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental, tem como, principal, desafio para os alunos: refletir, analisar e problematizar a história enquanto parte integrante da vida de cada aluno, de forma a possibilitá-los uma compreensão sistemática e crítica da realidade. O aluno deve ser conduzido pelo professor para que possa compreender o tempo histórico, as transformações e mutações da realidade. O professor deve ser um mediador, que ensinará o aluno a estudar de forma a poder vir a compreender a própria realidade que lhe cerca, a questionar o mundo a seu redor, a não ter preguiça de exercer o senso crítico. Os alunos devem ser estimulados a utilizar questionamentos, Como? Porque? Para que? Cabe ao professor de história, planejar suas aulas de acordo com o que é vivido pelos alunos, deve contextualizar os acontecimentos passados no presente, deve pensar em conjunto com seus alunos.

CONTEÚDO

• Idade Média no Oriente e no Ocidente
• Feudalismo
• Mundo Árabe
• África
• Transição para o capitalismo:
- Renascimento
- Revolução Científica
- Reforma Protestante
- Estado Nacional
- Expansão Marítima e comercial
- Mercantilismo
• A África nos séculos XV e XVI
• Conquista da América:
- Os habitantes da América
- O massacre
- Colonização (povoamento e exploração; exemplos: inglesa e espanhola)
• Colonização portuguesa:
- Brasil Colônia: Características econômicas
- Administração e poder: poder local e poder real
- A sociedade patriarcal
- Escravidão e resistência
- Conflitos

OBJETIVOS

• Identificar os diversos grupos sociais na sociedade feudal, no mundo árabe e na África.
• Caracterizar as condições de vida na sociedade feudal e identificar situações próximas nos dias atuais.
• Analisar e compreender a servidão, no mundo feudal, estabelecendo sua relação com a posse da terra.
• Analisar a importância da Igreja no período medieval, observando que a cultura popular resistiu.
• Identificar e debater os valores da cultura islâmica.
• Compreender a diversidade cultural do continente africano.
• Caracterizar os “Tempos Modernos” como um período de transição.
• Determinar as mudanças no mapa mundial, provocadas pelas navegações.
• Compreender o funcionamento das práticas comerciais.
• Relacionar a formação do Estado Nacional com as práticas mercantilistas.
• Caracterizar Estado e Nação.
• Caracterizar o Absolutismo e compará-lo com as práticas políticas atuais.
• Destacar a importância da filosofia humanista e compará-la com o pensamento medieval.
• Analisar as diversas manifestações artísticas do Renascimento.
• Relacionar o Renascimento e a Revolução Científica com as transformações sociais e econômicas da época.
• Debater conceito de ciência.
• Identificar a observação e a experimentação como elementos que permitiram o desenvolvimento científico nos séculos XV, XVI e XVII.
• Caracterizar o período em que ocorreu a Reforma religiosa.
• Relacionar o pensamento protestante com o desenvolvimento das práticas capitalistas.
• Analisar os motivos da reação da Igreja.
• Compreender a diversidade cultural do continente africano.
• Compreender os diferentes modos de vida e relações de trabalho entre os séculos XV e XVI, na África e na América, antes do domínio europeu.
• Explicar os motivos da conquista da América.
• Caracterizar os povos americanos, identificando suas diferenças.
• Explicar que o tipo de colonização não determinou as condições atuais das ex-colônias.
• Caracterizar a estrutura da sociedade colonial brasileira e suas permanências até os dias atuais.
• Determinar a relação do homem com o espaço no período colonial.
• Identificar os elementos formadores da sociedade colonial.
• Identificar relações de escravidão em diferentes tempos e espaços.


BIBLIOGRAFIA

•OLIVEIRA, A M de M. O Ensino da História nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental: Breves Considerações. Revista de Pedagogia- ano 3 – número 6 – Especial sobre formação de professores.

História. Reorientação curricular (segunda versão). Projeto Sucesso Escolar. Secretaria de Estado de Educação / Governo do Estado do Rio de Janeiro. , 2005.






Plano de Curso - História - 8º Ano do Ensino Fundamental



É hora de planejar e está faltando inspiração?
Confira aqui um planejamento simples baseado na Reorientação curricular da SEE/RJ para o 8º Ano.

OBJETIVO GERAL DO ENSINO DE HISTÓRIA NO E.F.:

A disciplina História, ministrada nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental, tem como, principal, desafio para os alunos: refletir, analisar e problematizar a história enquanto parte integrante da vida de cada aluno, de forma a possibilitá-los uma compreensão sistemática e crítica da realidade. O aluno deve ser conduzido pelo professor para que possa compreender o tempo histórico, as transformações e mutações da realidade. O professor deve ser um mediador, que ensinará o aluno a estudar de forma a poder vir a compreender a própria realidade que lhe cerca, a questionar o mundo a seu redor, a não ter preguiça de exercer o senso crítico. Os alunos devem ser estimulados a utilizar questionamentos, Como? Porque? Para que? Cabe ao professor de História, planejar suas aulas de acordo com o que é vivido pelos alunos, deve contextualizar os acontecimentos passados no presente, deve pensar em conjunto com seus alunos.


CONTEÚDO

• Iluminismo
• Revolução Industrial
• A independência das colônias inglesas na América
• Revolução Francesa
• A Era Napoleônica
• A independência das colônias espanholas na América
• A Independência do Brasil
• O Primeiro Reinado

• Período Regencial
• Segundo Reinado
• O neocolonialismo
• Movimentos Operários. “Trabalhadores... uni-vos”
• O processo de unificação da Itália e da Alemanha
• A crise do capitalismo:
- Primeira Guerra Mundial
- A revolução Socialista e o nascimento da União Soviética


OBJETIVOS

• Compreender as idéias propostas pelos iluministas e a permanência destas nos dias atuais.
• Comparar a estrutura econômica do mundo no período anterior e posterior à Revolução Industrial.
• Relacionar as transformações tecnológicas e as relações sociais.
• Compreender a Independência da 13 colônias inglesas na América e os seus desdobramentos.
• Comparar a estrutura da sociedade francesa no período anterior e posterior a Revolução.
• Destacar os principais fatos relacionados com a Revolução Francesa.
• Identificar as influências dos ideais revolucionários franceses no mundo atual.
• Caracterizar o governo de Napoleão Bonaparte.
• Relacionar as diversas formas de utilização do poder em diferentes tempos históricos.
• Comparar o processo de independência das diversas colônias espanholas na América e suas principais influências.
• Identificar os grupos envolvidos no processo de independência brasileiro.
• Compreender o processo de independência do Brasil e os seus desdobramentos.
• Compreender a estrutura social, política e econômica do Primeiro Reinado.
• Caracterizar o período regencial e as disputas pelo poder na época.
• Compreender as etapas de desenvolvimento do Segundo Reinado e todos os seus desdobramentos.
• Identificar os grupos e movimentos sociais do Segundo Reinado.
• Compreender o processo que culminou com o fim do Império Brasileiro.
• Compreender a expansão colonialista européia na segunda metade do século XIX.
• Identificar as relações sociais estruturadas neste processo.
• Destacar a importância do movimento operário.
• Relacionar a luta operária de ontem e de hoje.
• Caracterizar a realidade italiana no período anterior à unificação.
• Caracterizar a realidade alemã no período anterior à unificação.
• Compreender seus processos de unificação.
• Relacionar os fatores que fomentaram a eclosão da Guerra.
• Compreender as etapas do conflito.
• Identificar os personagens desse processo.
• Compreender o processo revolucionário.
• Identificar as etapas do conflito.
• Analisar as teorias que fornecem suporte os processo.
• Compreender a formação do Estado Soviético e sua influência no mundo.

BIBLIOGRAFIA

•OLIVEIRA, A M de M. O Ensino da História nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental: Breves Considerações. Revista de Pedagogia- ano 3 – número 6 – Especial sobre formação de professores.

História. Reorientação curricular (segunda versão). Projeto Sucesso Escolar. Secretaria de Estado de Educação / Governo do Estado do Rio de Janeiro. , 2005.




Atualidades

Na seção "Atualidades" colocarei temas que estão em alta no momento ou acontecimentos recentes na minha vida escolar.

* 09/05/2009 - Gripe Suína

* 18/05/2009 - Sala Cecília Meireles



Gripe Suína

Vídeo capturado em 19/05/2009


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Visita Sala Cecília Meireles

Visita realizada nesta segunda (18/05/2009) à Sala Cecília Meireles (Lapa-RJ) com as minhas turmas de 8° Ano e 1° Ano do Ensino Médio, além de outras turmas da minha escola e outras escolas do Estado. Assistimos o Quinteto Villa Lobos.

Sala Cecilia Meireles

sábado, 16 de maio de 2009

Dodo canta a Revolução Francesa

Professor de História Dodo do Tendencia de Florianópolis canta música sobre a Revolução Francesa. Retirado do You Tube.

Dodo Canta a Revolução Francesa

Ritmo: Garota eu vou pra Califórnia (Lulu Santos)

Foi na Revolução Francesa
O povo, o Clero e a Nobreza
Os 3 Estados que dureza
Era a maior contradição

Primeiro Estado era o Clero
Segundo Estado era a Nobreza
Terceiro Estado que dureza
Quem era?
A Burguesia e o povão

Liberdade e Igualdade com a Fraternidade
Eram um disfarce
Pra quê?
Pra na verdade a derrubada do poder

E foi o Iluminismo
Contra o Absolutismo
Que implantou lá pela França
O que?
O Regime Liberal
E o povo? [Créu]

Pra isso o povo foi traído
Por quê?
Os ideais foram rompidos
A ditadura vem de novo
Com quem?
Agora é com Napoleão

Liberdade e Igualdade com a Fraternidade
Eram um disfarce
Pra na verdade
A derrubada do poder

terça-feira, 12 de maio de 2009

Índios do Brasil

Índios do Brasil

1. Introdução

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente (Américas do Norte, Central e Sul). Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente.
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo, como a Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima.

2. A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses

O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca.
Os índios domesticavam animais de pequeno porte.
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência.

3. A organização social dos Índios

Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento.
A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo.

4. Os contatos entre indígenas e portugueses

Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.
Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.

ESCAMBO = troca de mercadorias por trabalho

5. Religião Indígena

Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo.

6. Alimentação dos Índios

Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza.

Principais alimentos consumidos pelos índios brasileiros:
- Frutas
- Verduras
- Legumes
- Raízes
- Carne de animais (capivara, porco-do-mato, macaco, etc)
- Peixes
- Cereais
- Castanhas

Pratos típicos da culinária indígena:
- Tapioca
- Pirão
- Pipoca
- Beiju

Este texto refere-se aos índios que não possuem muito contato com os homens brancos e que ainda seguem sua cultura. Infelizmente, muitas tribos deixaram de lado a alimentação saudável quando entraram em contato com o homem branco.

7. Vida dos Índios

Tudo é dividido com o objetivo de fazer a aldeia funcionar em harmonia. A divisão de trabalho, por exemplo, segue basicamente critérios de idade, sexo e acumulo de conhecimento e cultura.
Homem adulto: são responsáveis pela caça de animais selvagens. Devem garantir a proteção da aldeia e, se necessário, atuarem nas guerras. Também devem fabricar as ferramentas, instrumentos de caça e pesca e a casa (oca).
Mulheres adultas: cabe às mulheres cuidarem dos filhos, atuam na agricultura da aldeia, plantando e colhendo, também devem fabricar objetos de cerâmica e preparar os alimentos para o consumo. Devem ainda coletar os frutos, fabricar a farinha e tecer redes.
Crianças: os curumins da aldeia (meninos e meninas) também possuem determinadas funções.
Um menino, por exemplo, brinca de fabricar arco e flecha e caçar pequenos animais. Já as meninas brincam de fazer comida e cuidar de crianças, usando bonecas.
Cacique: é o chefe político e administrativo da aldeia. Experiente, ele deve manter o bom funcionamento e a estrutura da aldeia.
Pajé: possui grande conhecimento sobre a cultura e religião da tribo. Atua como uma espécie de “médico” e “curandeiro” da aldeia. Mantém as tradições e repassa aos mais novos através da oralidade.
Nas aldeias, eles fazem festas, danças e jogos. Dentre os jogos, por exemplo, destacam-se as lutas.

8. Tribo indígena

Tribo indígena é uma forma de organização social e cultural. Os índios brasileiros se organizam em tribos, sendo que cada índio possui uma função dentro desta organização.
Cada tribo possui um cacique e um pajé.
Cada tribo possui aspectos culturais (danças, jogos, crenças, rituais) que a diferencia de outras.

9. Oca

Oca é uma habitação típica dos povos indígenas. As ocas são construídas coletivamente, ou seja, com a participação de vários integrantes da tribo. São grandes, podendo chegar até 40 metros de comprimento. Seu tamanho é justificado, pois várias famílias de índios habitam uma mesma oca. Internamente este tipo de habitação não possui divisões. São instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os índios usam para dormir.
A estrutura das ocas são bastante resistente, pois elas são construídas com a utilização de taquaras e troncos de árvores. A cobertura é feita de folhas de palmeiras ou palha. Uma oca pode durar mais de 20 anos.
Costumam apresentar de uma a três portas apenas.

10. Pajé


Detentor de muitos conhecimentos e da história da tribo, ele é o indígena mais experiente. Ele é o responsável por passar adiante a cultura, história e tradições da tribo.
Também possui a função de curandeiro dentro da tribo, pois conhece diversos rituais e também o poder de cura de ervas e plantas.
O pajé também possui a função de líder espiritual da tribo. Durante a pajelança, o pajé entra em contato com espíritos de pessoas mortas ou animais com o objetivo de promover curas, resolver problemas pessoais dos índios ou da tribo. Neste ritual, o pajé pode utilizar ervas ou outras plantas.

11. Cacique

Cacique é um termo que os portugueses e espanhóis usaram na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) para fazer referência aos chefes indígenas das tribos da América.
Entre os indígenas tupis, por exemplo, são usados os termos murumuxaua, tabixaba e tuxaua. Já os guaranis usam mais o termo mburovixá.
Ele é o responsável em aplicar as regras da tribo, definir punições, resolver conflitos, definir guerra e organizar a caça.

12. Atualidades

Raposa Serra do Sol é o nome dado à terra ancestral dos povos macuxi, ingarikó, patamona, wapichana e taurepang. Localiza-se a nordeste do estado de Roraima (Brasil).
A ocupação de áreas da reserva indígena Raposa Serra do Sol por arrozeiros é o principal motivo de polêmica e a discussão já foi parar na Justiça.


Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada
de acordo com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) a população indígena atual é de Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000).


Fontes:

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Península Arábica no século VII


Créditos: Rosental - Editora Moderna


Divisão do Império Romano em 395


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Este mapa se encontra no livro: Projeto Araribá, 5ª série, pág. 209 e foi retirado de DUBY, Georges. Atlas historique. Paris: Larousse, 1987, p.34.

Bibliografia:
MELANI, Maria Raquel Apolinário (Ed. Resp.). Projeto Araribá: História. 5ª Série. São Paulo: Moderna, 2006. p. 209.



Uma versão atualizada, um pouco diferente em cores e localização do quadro da legenda, porém mesma fonte:
Clique na imagem para ampliá-la.

Bibliografia:
APOLINÁRIO, Maria Raquel (Ed. Resp.).  Projeto Araribá: História. 6º Ano . São Paulo: Moderna, 2007. p. 221.

Créditos: Rosental - Editora Moderna

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As Treze Colônias - Mapas

Créditos: Rosental - Editora Moderna



Imagem: http://www.kidactivities.net/?tag=/13+colonies Acessado em 06/11/2011

Feudo


Créditos: Rosental - Editora Moderna