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Tricia Magalhães Carnevale - Professora de História da Rede Pública. Blog pessoal, desde 2009.
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Ana Rita Martins (ana.martins@abril.com.br)
HASTA LA VICTORIA Um grupo
guerrilheiro liderado por Fidel Castro
(à esq.) e Che Guevara depôs o governo
em 1959. Foto: AFP
Na luta pela igualdade, reformas políticas polêmicas
PARA CUBANO VER Na capital Havana,
resorts e hotéis de luxo convivem com
moradias em estado precário.
Foto: Getty Images / Steen Larsen
Hoje, o socialismo em Cuba dá espaço para o livre mercado
Fonte: Revista Nova Escola
Eliza Kobayashi (novaescola@atleitor.com.br)
Cartaz de convocação de voluntários.
Acervo do Instituto Histórico e Geográfico
de São Paulo. Foto: Renato Chaui
Antes de falar sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, é preciso voltar alguns anos na história para buscar os embriões deste que foi um dos maiores movimentos armados da história do Brasil. Durante a República Velha (1889-1930), formou-se uma aliança entre os estados mais ricos e influentes do país na época, São Paulo e Minas Gerais, cujos representantes alternavam-se no posto da presidência da república naquilo que ficou conhecido como a "política do café com leite". Em 1930, porém, o presidente Washington Luís, representante dos paulistas, rompe a aliança com os mineiros e indica o governador de São Paulo Júlio Prestes como seu sucessor, que venceu as eleições. As oligarquias mineiras não aceitam o resultado e, por meio de um golpe de estado articulado com os estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, colocam Getúlio Vargas no poder.
"Getúlio vem com uma nova proposta de modernização do país. O grupo que chega ao poder pretende promover essas mudanças de maneira autoritária, sem consultas eleitorais", conta Alexandre Hecker, professor de História Contemporânea da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Mackenzie. O novo presidente fecha o Congresso Nacional, anula a Constituição de 1891 e depõe governadores de diversos estados, passando a nomear interventores. As medidas desagradam profundamente as elites paulistas tradicionais. "Esses grupos, que eram ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP) e haviam sido derrotados pela revolução de 1930, passam a trabalhar em oposição ao governo de Getúlio”, diz Alexandre. Já, a partir de 1931, se junta a essa elite deposta um “grupo mais moderno", que exige do governo a criação de uma carta magna que regesse a legislação do país - algo que Vargas vinha adiando cada vez mais - além de eleições gerais para presidente da república.
Ao mesmo tempo em que se formava esse grupo opositor, fortaleciam-se, em São Paulo, os chamados tenentistas, constituídos não apenas por militares, mas também de civis que agiam sob sua liderança. "Eles se reuniam no Clube Três de Outubro e apoiavam as ações do governo", explica o professor. "Havia diversas brigas de rua entre os estudantes do Largo São Francisco e esse grupo getulista, os tenentistas". No dia 23 de maio, essas forças se encontraram e se defrontaram nas ruas de São Paulo, o que resultou na morte de alguns estudantes em praça pública, que ficaram famosos como MMDC (sigla das iniciais dos quatro jovens mortos: Martis, Miragaia, Dráusio e Camargo. Mais tarde, adicionou-se a letra A, de Alvarenga, ao final da sigla, de outro jovem que acabou morto por causa do conflito).
Essas mortes foram o estopim que deu início no dia 9 de julho de 1932 à Revolução Constitucionalista. Com a ajuda dos meios de comunicação em massa, o movimento ganha apoio popular e mobiliza 35 mil homens pelo lado dos paulistas, contra 100 mil soldados do governo Vargas. "Havia uma possibilidade de que outros estados viessem em apoio ao governo do estado de São Paulo, mas ele ficou isolado e, com isso, se desenvolveu uma série de batalhas", destaca Alexandre. Foram quase três meses de batalhas sangrentas, encerradas em 2 de outubro daquele mesmo ano, com a derrota militar dos constitucionalistas. "Moralmente, porém, em termos de denúncia política, o movimento foi vencedor, porque logo depois do término do conflito, o governo federal convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição do Brasil em 1934. Foi também quando, pela primeira vez no país, as mulheres participaram do processo eleitoral", ressalta o historiador.
O termo "revolução" para o movimento constitucionalista não é muito adequado àquilo que se propunha fazer, segundo o professor. "Não era uma revolução. Na verdade, desejava-se a normatização da legislação e do processo eleitoral, e não uma mudança no sentido de alteração das relações de poder ou qualquer coisa que significasse uma limitação no processo de desenvolvimento capitalista", afirma. Ele diz que, para alguns historiadores, o movimento é considerado até conservador e anti-revolucionário. "Era uma elite derrotada que queria voltar ao poder e encontraram nesse movimento uma desculpa para isso".
Fonte: Revista Nova Escola
Paula Sato (novaescola@atleitor.com.br)
Eventos do Ano da França no Brasil acontecem durante todo o ano de 2009
Foto: Divulgação
Os franceses fazem parte da história do Brasil desde o seu descobrimento. Mas, apesar do intenso comércio e das tentativas de colonizações, a maior influência foi no campo do pensamento e das artes, principalmente por conta dos portugueses, que trouxeram a cultura francesa para a colônia. "A presença dos franceses no Brasil sempre foi pontual, mas a França tinha prestígio no mundo todo do ponto de vista cultural", afirma Jorge Coli, professor titular de História da Arte e da Cultura da Unicamp. Um exemplo de todo esse prestígio é a Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis em 1897 e diretamente inspirada na Academia Francesa.
No campo do pensamento, a França também foi de grande inspiração para os pensadores de todo o mundo. "A França era portadora dos ideais de direitos humanos e revolucionários, de uma visão política crítica. Thomas Jefferson dizia que todo intelectual tem duas pátrias, a dele e a França. Isso por causa do aporte crítico e da ideia da universalidade da razão, da liberdade que o país sempre defendeu", afirma Jorge Coli. No Brasil, um dos maiores exemplos dessa influência foi a Inconfidência Mineira. Seguindo o exemplo do Iluminismo francês, os revoltosos tinham como meta transformar Minas Gerais
No campo da educação, o modelo das universidades públicas brasileiras foi importado da França e até hoje é bem distante do modelo americano de ensino. "Na França não existem universidades particulares, o único diploma reconhecido é das escolas públicas. A USP foi criada em 1936 seguindo esse exemplo. E até alguns anos atrás, existiam na universidade cadeiras mantidas pelo governo francês", conta. O incentivo acabou ao mesmo tempo em que o governo da França parou de investir na difusão da sua cultura e perdeu seu lugar para a influência americana. Segundo o professor, a culpa foi da mudança política na França. "O General De Gaulle (que governou a França de
Hoje, o governo brasileiro tenta reaproximar os dois países. E uma das formas de fazer isso é através do Ano da França no Brasil, série de eventos que acontecem em
Paula Sato (novaescola@atleitor.com.br)
Fachada do Castelo de Beynac, na França. Foto: Divulgação
A principal função de um castelo não era servir de residência para o senhor feudal, mas sim como uma construção fortificada para proteger o feudo. Para entender porque é que eles surgiram, é preciso pensar sobre a Idade Média (entre os séculos 5 e 15). O período histórico surgiu após a dissolução do Império Romano. "A Europa se fragmentou, se perderam as rotas de comércio e transporte, a economia se organizou em unidades pequenas e independentes, chamadas feudos. Os castelos surgiram para defender essas unidades econômicas e todo feudo se estruturava em torno deles", explica Oswaldo Coggiola, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Ou seja, um castelo não tem nada a ver com as construções luxuosas dos desenhos animados. O que acontece é uma mistura dos conceitos de castelos e palácios. "Há uma confusão histórica. O palácio existe desde o Império Romano e é basicamente uma casa luxuosa. Seu nome vem do latim 'palazzo', nome dado às residências dos imperadores que ficavam no Monte Palatino,
Desde o Período Neolítico, os homens constroem fortificações. E os castelos são uma evolução de construções como a cidade de Jericó, Tróia e os fortes romanos. Os precursores dos castelos que se tornaram famosos surgiram já no começo da Idade Média, quando góticos, lombardos e francos se apoderaram das construções romanas e criaram as primeiras fortificações rurais. Porém, Kelly DeVries em seu livro Medieval Military Technology (Tecnologia Militar Medieval, inédito em português), conta que o que impulsionou a construção de grandes fortificações foi a invasão de vikings e húngaros. Frente à ameaça, Inglaterra e a Europa continental se sentiram a necessidade de construções capazes de conter o avanço inimigo. Os primeiros castelos surgiram ente os séculos 9 e 10 e foram construídos com madeira e terra. Os mais eficazes tinham um muro de madeira cercando uma colina de terra, com um grande pátio no centro. Porém, os castelos só se tornaram eficazes quando passaram a ser feitos de pedra. Kelly DeVries diz que não há evidências de quando os primeiros foram construídos. O que se sabe é que no século 12 essas construções dominavam a Europa. No início do reinado de Henrique II, em 1154, havia 274 castelos de pedra sob o domínio do rei.
A estrutura defensiva do castelo era impressionante. A primeira defesa era feita por um fosso que possuía as famosas pontes elevadiças. Ao redor do fosso, havia um muro externo, que poderia chegar a até
Eliza Kobayashi (novaescola@atleitor.com.br)
Exército romano, em cena do seriado Roma, exibido no canal de TV HBO.
Foto: Divulgação
Para definir quais foram os maiores impérios de todos os tempos, não basta levar em conta apenas a extensão territorial. "Existiram os muito grandes, mas que foram também muito efêmeros", diz o professor doutor Pedro Paulo Funari, do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (Unicamp). Segundo ele, a duração e o legado de cada um deles também são fatores importantes nessa definição. É a partir desses critérios que são apontados os impérios romano, russo e britânico como os três maiores da história. "O mongol teve extensão maior que o romano, por exemplo, mas sua duração foi muito curta. Já o de Alexandre, o Grande, durou somente dez anos e chegou ao fim com sua morte", cita. "O império romano, por sua vez, além de ser muito extenso, existiu por quase oito séculos e deixou consequências muito duradouras, como as estradas construídas na época e que são usadas até hoje, e as leis, que foram transmitidas para diversas civilizações. Já os britânicos expandiram a língua inglesa e difundiram aquilo que caracteriza o mundo de hoje, que é a industrialização e a globalização", destaca o professor.
Embora tenham ocorrido em épocas diferentes, os três impérios carregam algumas características em comum. "Eles conviviam com um poder central e a diversidade cultural dos povos dominados - porém, de maneiras diferentes em cada um deles. Além disso, nos três casos fazia-se uso de uma língua de comunicação entre as elites: o latim, no romano; o inglês, no britânico; e o russo. Não é à toa que esses idiomas se tornaram tão importantes mundialmente", explica Pedro Funari. Mas as semelhanças não passam muito para além dessas esferas. Individualmente, cada um possuía características muito peculiares, desde a forma de conquista e administração até na sua relação com os povos dominados.
Império Romano
É o mais antigo entre os três. Teve suas origens no século
Império Russo
Teve início no século 16 e terminou com a Revolução Russa em 1917. "Formalmente, ele acabou, mas de certa forma continuou existindo como União Soviética até 1989", diz Pedro Funari. "Hoje em dia, a Rússia ainda mantém características de império. Sua extensão não é mais tão ampla como foi no passado, porém, ela chega até a China e ainda possui várias regiões que falam línguas diferentes". Essa foi, aliás, uma marca importante do poder russo: ao conquistar povos tanto do oriente quanto do ocidente, permitia-se que eles mantivessem suas línguas e culturas. Isso porque o poder político era fortemente centralizado na figura do czar. "Era um governo teocrático, e o principal elemento de aglutinação foi a igreja ortodoxa. Os chefes locais eram mantidos prestando tributos ao czar", explica o historiador. O império foi o maior em continuidade geográfica, diferentemente do romano, que se organizava em torno do Mar Mediterrâneo, e do britânico, que teve colônias espalhadas por todos os continentes.
Império Britânico
Foi o maior império descontinuo da história. Já no século 16, conquista a Irlanda, formando seus primeiros embriões. Mas foi só nos séculos 18 e 19 que os britânicos se consolidaram como grande império, ao dominar parte do continente africano e países como Índia, Austrália e Canadá. "Havia uma frase que dizia: 'O sol nunca se põe no império britânico", porque ele se espalhou por todo o mundo", comenta Pedro Funari. As principais características foram as suas bases na marinha e no domínio econômico sobre suas colônias, que produziam matéria-prima para a Inglaterra e consumiam seus produtos industrializados. "Era um império capitalista, enquanto o romano era escravista, e o russo, de servidão feudal", destaca o professor. O desenvolvimento da indústria no país foi o fator chave que permitiu um acúmulo de capital para investir em frotas marinhas e, com isso, conquistar suas colônias. Suas formas de controle também eram eficazes. "Eles fizeram alianças com elites locais, beneficiando-as, como, por exemplo, os marajás indianos", explica Pedro. O fim pode ser datado a partir da independência da Índia, em 1947. "Foi o primeiro grande golpe contra a coroa, em que sua maior joia foi perdida. As colônias na África também foram conquistando sua independência nos anos 50, e, já em