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D.O. - 01 /12 /2012
Tricia Magalhães Carnevale - Professora de História da Rede Pública. Blog pessoal, desde 2009.
Devido à diversificação na forma econômica e política de ocupação do território norte-americano pela Inglaterra, desenvolveram-se divergências entre as colônias do Norte e as colônias do Sul que eclodiram na Guerra da Secessão em 1861.
No século XVII, as guerras político-religiosas na Inglaterra provocaram o exôdo de parte da população, que, em busca de abrigo e paz, dirigiu-se para a América com o objetivo de se estabelecer, provocando um povoamento efetivo.
As possessões inglesas na América estavam distribuídas em 13 colônias.
Desde o Período Colonial, os territórios que dariam origem aos Estados Unidos tiveram uma diversificação na forma econômica de ocupação. O Norte e a parte da região central, pobres em terrenos agrícolas e com estreita planície costeira, que dificultava a exploração e impedia a aquisição de vastas extensões de terras, dedicaram-se mais ao comércio e à manufatura do que à agricultura. Multiplicaram-se as pequenas e médias explorações agrícolas, o comércio, o artesanato, as empresas de pesca e construção naval. Desenvolveu-se a vida urbana e formou-se uma aristocracia comercial.
Já as colônias do Sul apresentavam terras férteis e clima ameno, condições favoráveis ao desenvolvimento de uma intensa atividade agrícola. Proliferaram as grandes fazendas, principalmente de algodão. Formou-se uma poderosa aristocracia agrária, e o trabalho sustentava-se na mão-de-obra escrava negra. A empresa agrocomercial do Sul proporcionava altos lucros para a metrópole.
ATIVIDADES
1. Como se caracterizaram a economia e sociedade das colônias inglesas do Norte?
2. Como se caracterizaram a economia e sociedade das colônias inglesas do Sul?
Bibliografia:
Texto e atividades: ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do Futuro: História. 8ª Série. São Paulo: IBEP, 2007. pp. 94-96.
Imagem: Rosental - Editora Moderna
A Guerra da Secessão agitou os Estados Unidos de 1861 a 1865. As diferenças econômica e políticas dos estados do Norte e do Sul foram decisivas para a eclosão do conflito.
Um dos pontos mais importantes da divergência entre o Norte e o Sula era o problema do escravismo.
Nas eleições de 1860, venceu o republicano Abraham Lincoln, favorável à abolição da escravatura e ao protecionismo .
No dia 20 de dezembro do mesmo ano, antes mesmo de o presidente assumir o cargo, o estado da Carolina do Sul desligou-se da União , seguido por mais seis estados sulistas: Alabama, Mississípi, Flórida, Geórgia, Lousiana e Texas. Juntos formaram os Estados Confederados da América, tendo como capital Richmond, no estado da Virgínia. Escolheram Jefferson Davis para presidente, adotaram uma nova bandeira e elaboraram uma Constituição.
Quando, em 1861, Lincoln assumiu a presidência, tentou sufocar o movimento pacificamente, mas não conseguiu. Novos estados aderiram à Confederação.
A superioridade do Norte sobre o Sul era grande, pois possuía indústrias de armas e de munições, estradas de ferro e navios.
Após quatro anos de luta, em abril de 1865, caiu o último reduto separatista em Appomatox. O comandante do Sul, general Lee, rendeu-se ao general Grant, do Norte. Nesse mesmo ano, no dia 14 de abril, Lincoln foi alvejado por James Booth e morreu.
1. Quais eram as diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos?
2. Qual era a principal divergência entre Norte e Sul dos Estados Unidos no século XIX?
3. O que fizeram os estados norte-americanos do Sul quando Abraham Lincoln foi eleito presidente?
4. Como terminou a Guerra da Secessão?
5. O que aconteceu com Abraham Licoln?
Bibliografia:
Texto e atividades: ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do Futuro: História. 8ª Série. São Paulo: IBEP, 2007. pp. 94-96.
Imagem 1: Disponível em: http://thomaslegion.net/maryland_civil_war_map_battle_of_antietam_battlefield.html. Acessado em 29 out. 2011.
Imagem 2: Disponível em: http://history.howstuffworks.com/american-civil-war/american-civil-war-history.htm. Acessado em 29 out. 2011.
Ao iniciar a colonização, o governo espanhol montou uma estrutura de governo para administrar suas possessões. Foram criados:
A extensão territorial da colônia espanhola na América levou a uma divisão administrativa. Foram criados quatro vice-reinos e quatro capitanias-gerais.
Os quatro vice-reinos eram: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Prata; as quatro capitanias-gerais eram: Guatemala, Cuba Venezuela e Chile.
Os vice-reinos e as capitanias-gerais eram governados, respectivamente, por vice-reis e capitães-gerais, nomeados pelo Conselho das Índias.
A Igreja Católica teve papel significativo na colonização espanhola da América. Os padres jesuítas eram responsáveis pela conversão dos indígenas ao cristianismo. Exerciam sobre eles uma vigilância muito grande, obrigando-os a viver em aldeias (missões) e forçando-os a trabalhar a terra. A Igreja auxiliava o rei a manter sua autoridade sobre a população espanhola por meio dos Tribunais de Inquisição, instalados no México e no Peru.
ATIVIDADES
1. Ao iniciar a colonização, o governo espanhol montou uma estrutura de governo para administrar suas possessões. quais foram os órgãos criados e quais as suas funções?
2. A América Espanhola foi dividida administrativamente em quatro vice-reinos e quatro capitanias-gerais. Os vice-reinos eram: ____, ____, ____ e ____. As capitanias-gerais eram: ____, ____, ___ e _____.
3. Qual foi o papel da Igreja Católica na colonização da América Espanhola?
A historiografia tradicional costuma utilizar cronologia, fatos, nomes de heróis, batalhas e outros eventos como os fundamentos de uma História que é incapaz de penetrar na essência da sociedade humana.
Há uma outra abordagem mais preocupada com as transformações que se operam no processo histórico, em particular nas estruturas da sociedade. Nesse caso, os fatos datados e localizados são a matéria-prima da História, mas não se esgotam em si mesmos. É essa História Nova, com novas abordagens, novos métodos e novos objetos que os examinadores estão utilizando nos vestibulares.
A periodização clássica da História considera como marcos cronológicos:
IDADE ANTIGA – do aparecimento da escrita e das primeiras civilizações por volta de 4000 a.C. até a queda de Roma em 476 d.C.
IDADE MÉDIA – da queda de Roma até a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453.
IDADE MODERNA – da queda de Constantinopla até a tomada da Bastilha em 1789.
IDADE CONTEMPORÂNEA – da tomada da Bastilha aos dias atuais.
Uma análise sistêmica das civilizações orientais, destacando o Egito, Mesopotâmia, Índia e China, demonstra que os povos do Oriente Próximo, do Oriente Médio e do Extremo Oriente desconheciam a noção de propriedade privada. Por isso, a terra e os escravos pertenciam ao Estado e aos templos. Assim, a economia era estática, a sociedade de tipo estamental, o poder político despótico-teocrático, a religião politeísta e a cultura pragmática. Nesse sistema, os hebreus e os fenícios são exceções do ponto de vista econômico, político e religioso.
No escravismo antigo, a noção de propriedade privada já se notabilizava e o escravo era considerado um objeto, um “instrumento falante”. A Grécia Antiga e a Roma Imperial inseriam-se no escravismo. No quadro da crise geral do escravismo romano, podemos localizar o nascimento do sistema feudal.
Caracterizado pelas relações servis de produção, o feudalismo europeu marcou a História Medieval por mais de mil anos. Nesse sistema, a economia era fechada – auto-suficiente, com produção para o consumo – e a sociedade, estamental, imóvel, polarizada entre senhores e servos. O poder político descentralizado e a cultura religiosa são decorrências da própria estrutura de produção. O imobilismo do feudalismo levou-o à destruição a partir das fugas dos servos e do nascimento de uma estrutura dinâmica, comercial, pré-capitalista.
“Por volta do século XII, com a desintegração do feudalismo, começa a surgir um novo sistema econômico, social e político: o capitalismo. A característica essencial do novo sistema é o fato de, nele, o trabalho ser assalariado e não servil, como no feudalismo. Outros elementos típicos do capitalismo: economia de mercado, trocas monetárias, grandes empresas e preocupação com o lucro.
O capitalismo nasce da crise do sistema feudal e cresce com o desenvolvimento comercial, depois das Primeiras Cruzadas. Foi formando-se aos poucos, durante o período final da Idade Média, para finalmente dominar toda a Europa Ocidental a partir do século XVI. Mas foi somente depois da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII na Inglaterra, que se estabeleceu o verdadeiro capitalismo.”
A história do capitalismo começa a partir da crise do feudalismo, no final da Idade Média européia. Ao longo de muitos séculos, as estruturas capitalistas foram se organizando e a sociedade burguesa afirmando-se como tal. No século XVIII, o capital acumulado primitivamente foi investido na produção, consolidando o sistema por intermédio da Revolução Industrial. Nessa ocasião, as antigas colônias libertaram-se do pacto colonial, mas depois um novo colonialismo constituiu-se para atender às necessidades e superar as crises típicas do sistema. As disputas coloniais levaram o mundo capitalista às duas Guerras Mundiais, ao mesmo tempo em que, no interior do capitalismo, multiplicavam-se as células do socialismo.
Em meio às crises do capitalismo e às críticas dos ideólogos socialistas, particularmente Karl Marx e Friedrich Engels, foram surgindo os elementos que levaram à criação do primeiro Estado socialista da História, por meio da Revolução Bolchevista de outubro de 1917. Na atualidade, com o fim do socialismo soviético e de outros Estados socialistas, as esquerdas estão repensando o socialismo como ideologia. No campo capitalista, a tendência predominante é o neoliberalismo, que reduz a influência do Estado nas relações sociais, bem como seu papel na economia. Todavia, as recentes crises nos mercados capitalistas emergentes, com seus reflexos no Primeiro Mundo, também estão obrigando à revisão do modelo neoliberal.