BRASIL IMPÉRIO
Tradicionalmente, dividimos o Brasil
Império em três fases:
·
Primeiro Reinado
(1822-1831)
·
Período Regencial
(1831-1840)
·
Segundo Reinado
(1840-1889)
Primeiro Reinado
(1822-1831)
Mesmo após a permanência de D.
Pedro I e a instauração de uma monarquia independente nos trópicos, o
início do período imperial foi bastante conturbado, acumulando diversas
crises. O imperador, apesar de ter proclamado a independência do Brasil, ainda
buscava assegurar os interesses de Portugal ao mesmo tempo em que precisava
conter a fragmentação de seu território.
Havia, no Brasil, grupos mais
conservadores e outros de inclinação mais liberal. Temas como o abolicionismo,
mais liberdade para negociar produtos livremente, entre outros, despertavam
reações calorosas nos debates.
No início de 1823, D. Pedro I deu
início à formação de uma Assembleia Constituinte para a elaboração de uma
Constituição para o país. A Assembleia chegou a ser dissolvida por D. Pedro I,
em novembro de 1823, por não concordar com os termos que limitavam seus
poderes. Esse episódio ficou conhecido como Noite da Agonia. A versão final
da Constituição de 1824 foi
outorgada no dia 24 de março e possuía um caráter centralizador, dando,
inclusive, poderes “sagrados” ao imperador.
Nesse contexto, no Nordeste do
país, mais especificamente na Província de Pernambuco, iniciou-se um movimento
revoltoso exigindo mais autonomia em relação ao Império. A revolta acabou
espalhando-se por outras províncias da região, como Paraíba, Ceará e Rio Grande
do Norte, formando a Confederação do Equador.
O movimento foi severamente
reprimido pelo governo, e a Província de Pernambuco acabou, inclusive,
perdendo parte do seu território para a Província da Bahia. Os líderes da
rebelião foram enforcados ou fuzilados, como Frei Caneca (1779-1825), e outros
foram aprisionados, como Cipriano Barata (1762-1838). Com isso, no Nordeste,
onde a popularidade de D. Pedro I já não era das melhores, sua figura passou a
ser questionada cada vez mais.
Logo em seguida, o Brasil
envolveu-se em um conflito internacional, a Guerra da
Cisplatina (1825-1828), na tentativa de evitar a anexação da
Cisplatina, atual Uruguai, às Províncias Unidas do Rio da Prata, atual
Argentina. Nessa guerra, o Império acumulou uma série de derrotas, além de
contrair dívidas, minando ainda mais a popularidade do imperador. Como
resolução do conflito, ambas as partes concordaram em abrir mão do território,
reconhecendo, então, em 1828, a independência da República Oriental do Uruguai.
Durante as crises do Primeiro Reinado, o Partido Brasileiro
(estabelecido informalmente após a vinda da família real portuguesa para o
Brasil e composto por comerciantes, latifundiários e proprietários de escravos
que lutavam pelos interesses do território americano) passou a ocupar um papel
de oposição a D. Pedro I, ao passo que o Partido Português ofereceu apoio
ao imperador.
Após inúmeros desgastes, os
portugueses organizaram uma recepção ao Imperador no dia 13 de março de 1831,
mas foram surpreendidos por pedras e garrafas arremessadas por brasileiros.
Esse episódio ficou conhecido como Noite das Garrafadas.
Nessa época, Portugal vivia também
uma profunda crise após a morte de D. João VI, pai de D. Pedro I, em razão da
sucessão do trono português. Todo esse cenário resultou, em 7 de abril de 1831,
na abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro. O imperador decidiu
voltar para Portugal, deixando seu filho, de apenas 5 anos, como sucessor do
Império do Brasil.
Extraído: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/brasil-imperio.htm
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