terça-feira, 26 de julho de 2022

Brasil Império - Primeiro Reinado

 

BRASIL IMPÉRIO

Tradicionalmente, dividimos o Brasil Império em três fases:

 

·         Primeiro Reinado (1822-1831)

·         Período Regencial (1831-1840)

·         Segundo Reinado (1840-1889)

 

Primeiro Reinado (1822-1831)

Mesmo após a permanência de D. Pedro I e a instauração de uma monarquia independente nos trópicos, o início do período imperial foi bastante conturbado, acumulando diversas crises. O imperador, apesar de ter proclamado a independência do Brasil, ainda buscava assegurar os interesses de Portugal ao mesmo tempo em que precisava conter a fragmentação de seu território.

Havia, no Brasil, grupos mais conservadores e outros de inclinação mais liberal. Temas como o abolicionismo, mais liberdade para negociar produtos livremente, entre outros, despertavam reações calorosas nos debates.

No início de 1823, D. Pedro I deu início à formação de uma Assembleia Constituinte para a elaboração de uma Constituição para o país. A Assembleia chegou a ser dissolvida por D. Pedro I, em novembro de 1823, por não concordar com os termos que limitavam seus poderes. Esse episódio ficou conhecido como Noite da Agonia. A versão final da Constituição de 1824 foi outorgada no dia 24 de março e possuía um caráter centralizador, dando, inclusive, poderes “sagrados” ao imperador.

Nesse contexto, no Nordeste do país, mais especificamente na Província de Pernambuco, iniciou-se um movimento revoltoso exigindo mais autonomia em relação ao Império. A revolta acabou espalhando-se por outras províncias da região, como Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, formando a Confederação do Equador.

O movimento foi severamente reprimido pelo governo, e a Província de Pernambuco acabou, inclusive, perdendo parte do seu território para a Província da Bahia. Os líderes da rebelião foram enforcados ou fuzilados, como Frei Caneca (1779-1825), e outros foram aprisionados, como Cipriano Barata (1762-1838). Com isso, no Nordeste, onde a popularidade de D. Pedro I já não era das melhores, sua figura passou a ser questionada cada vez mais.

Logo em seguida, o Brasil envolveu-se em um conflito internacional, a Guerra da Cisplatina (1825-1828), na tentativa de evitar a anexação da Cisplatina, atual Uruguai, às Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina. Nessa guerra, o Império acumulou uma série de derrotas, além de contrair dívidas, minando ainda mais a popularidade do imperador. Como resolução do conflito, ambas as partes concordaram em abrir mão do território, reconhecendo, então, em 1828, a independência da República Oriental do Uruguai.

Durante as crises do Primeiro Reinado, o Partido Brasileiro (estabelecido informalmente após a vinda da família real portuguesa para o Brasil e composto por comerciantes, latifundiários e proprietários de escravos que lutavam pelos interesses do território americano) passou a ocupar um papel de oposição a D. Pedro I, ao passo que o Partido Português ofereceu apoio ao imperador.

Após inúmeros desgastes, os portugueses organizaram uma recepção ao Imperador no dia 13 de março de 1831, mas foram surpreendidos por pedras e garrafas arremessadas por brasileiros. Esse episódio ficou conhecido como Noite das Garrafadas.

Nessa época, Portugal vivia também uma profunda crise após a morte de D. João VI, pai de D. Pedro I, em razão da sucessão do trono português. Todo esse cenário resultou, em 7 de abril de 1831, na abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro. O imperador decidiu voltar para Portugal, deixando seu filho, de apenas 5 anos, como sucessor do Império do Brasil.


Extraído: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/brasil-imperio.htm

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